Aprovada e sancionada pelo presidente Lula, no início do mês de junho, a Lei da Ficha Limpa, tem o objetivo de barrar políticos em débito com a justiça. Mesmo para aqueles que tenham cometido crimes antes da Lei entrar em vigor.
E o cidadão que manifestar o desejo de disputar as eleições de outubro deverá apresentar certidão criminal, quem estiver em desacordo com a Lei se torna inelegível, ou seja, está proibido concorrer às eleições.
O projeto Ficha Limpa é resultado de um clamor popular, que acumulou mais de 1,6 milhões de assinaturas de eleitores desde que foi lançada, em setembro do ano passado. E enquanto esses mesmos milhões de brasileiros estavam na euforia do clima da Copa do Mundo veio a traição, com menos de um mês de “casamento”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes outorgou liminar que tira o efeito da Lei da Ficha Limpa para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), por usar publicidade institucional para promoção pessoal quando era prefeito de Teresina, entre os anos de 1989 e 1993. Depois da determinação do STF, Heráclito Fortes fica autorizado para pleitear a sua reeleição ao Senado para as eleições em outubro.
O brasileiro precisa lutar da mesma forma que fez para somar mais de um milhão de assinaturas para fazer valer o projeto Ficha Limpa, da mesma forma que é patriota em temporada de copa do mundo. Mais do que nunca o brasileiro deve cobrar, questionar, e até chorar por questões que vivemos no dia a dia. Muito mais que a cada quatro anos ou cada vez que o nosso time entra em campo, precisamos cobrar todos os dias, 24 horas por dia, o que excelentíssimos comandantes do país decidem sem ao menos pedir se concordamos.
Se as leis existem, o mínimo que se espera é que elas sejam cumpridas. Mas por que isso raramente ocorre?
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