Problemas psicológicos que interferem no seu bem estar, eles estão a cada dia mais presentes
Vivemos hoje expostos a um constante ambiente de tensão e estresse, isso acontece pelas mais distintas influências do requisitado e conhecido mundo moderno, o que provoca grandes mudanças no humor, e no comportamento de qualquer ser humano. Algumas doenças de fator psicológico que mais acometem as pessoas hoje são depressão, estresse e a ansiedade, o que provoca lesões nas importantes áreas de funções psíquicas, e desencadeia o desequilíbrio emocional, intelectual e social.
Esses distúrbios modernos estão ligados ao modo de viver das pessoas. As exigências e pressões ocorrem a todo o momento, o que é imposto pela própria sociedade para que haja ordem, um mundo repleto de leis em que a regra é obedecer ou o indivíduo é subtraído daquele meio social. Seja no local de trabalho, na família ou no circulo de amigos, essas imposições, responsabilidades e a pressão tem inicio cada vez mais cedo. Um exemplo típico disso são as crianças frequentando escolas ou creches desde a mais tenra idade, isso faz com que elas sejam inseridas nesse meio e, tenham uma carga de obrigações cada vez maior, deixando as também mais suscetíveis a problemas emocionais.
Muitas pessoas têm receio de falar sobre doenças de cunho psicológico, pelo fato de que se têm ainda preconceitos em relação ao problema, o que leva a maioria desses doentes a não buscar apoio de um profissional, isso porque ainda faltam informações acerca do assunto.
Uma das problemáticas desse cotidiano agitado é o Transtorno do Pânico, uma angústia aguda que ocorre quando a pessoa é exposta a uma situação de fobia (medo), porém, pode ocorrer de forma espontânea também, ou seja, sem motivo aparente, nesse caso é chamado de pânico patológico.
A idade de início para o Transtorno de Pânico varia muito, ocorrem picos ao final da adolescência e após, picos menores, na casa dos 30 anos. Um pequeno número de casos começa na infância, e o início após os 45 anos é incomum, mas pode ocorrer. Alguns indivíduos podem ter surtos com anos de intervalo, e outros podem ter sintomas severos contínuos. A frequência e a gravidade dos Ataques de Pânico podem variar de uma pessoa pra outra. Por exemplo, alguns indivíduos têm ataques moderados e frequentes, ou seja, uma vez por semana e que ocorrem regularmente por meses seguidos. As crises podem ter duração de cinco minutos até meia hora e a doença pode chegar a um estágio grave, em que a pessoa não consegue mais sequer sair de casa, ficando alienados pela doença.
A síndrome prejudica fortemente o desenvolvimento emocional da pessoa. Em alguns casos como, a perda ou rompimento de relacionamentos, como sair da casa dos pais para viver sozinho ou divórcio, estão associados com o início do Transtorno de Pânico, além dos traumas como acidentes automobilísticos, que desenvolvem um terrível medo de carro, ou de viajar, ou ainda vítimas de assalto, que se sentem extremamente inseguras, esses são chamados de Transtorno de Pânico pós-traumático. As pessoas que sofrem desse mal se isolam do convívio social, perdem a auto-estima, se sentem infelizes, e têm dificuldade em levar à diante suas rotinas habituais, isso é uma consequência comum da doença. A psicóloga Rosane de Meira diz, “eles frequentemente atribuem seu problema a uma falta de "força" ou de "caráter"”.
Os parentes de primeiro grau de indivíduos com Transtorno de Pânico têm uma chance maior de desenvolver a doença. Entretanto, em estudos realizados, percebe-se que mais da metade dos indivíduos com Transtorno de Pânico não possuem relatos de parentesco de primeiro grau com a síndrome. Já estudos com gêmeos indicam uma contribuição genética maior para o desenvolvimento da doença. E essas crises geralmente acontecem sem que o indivíduo espere ou sem causa perceptível.
E devido aos diversos sintomas que apresenta, a Síndrome do Pânico demorou a ser vista pela (OMS) Organização Mundial da Saúde como doença. Ela foi reconhecida somente na década de 90, antes disso os sinais eram ligados aos de outras doenças, e sem causa identificada fazia com que esses pacientes sofressem cada vez mais. Hoje, estima-se que aproximadamente 3% da população mundial sofram deste mal.
E em relação ao tratamento da doença Rosane ressalta, “existe tratamento, que pode amenizar este ataques e controlá-los. Poucas pessoas precisam de medicação para o resto da vida. O Transtorno de Pânico tem cura, porque ele é uma forma de reação do organismo a uma situação de estresse, e como saída a pessoa precisa tomar grandes decisões, perdas de relações afetivas, ou até mudanças drásticas do estilo de vida”.
E a psicóloga finaliza com um alerta, “no início a pessoa não sabe que é Transtorno de Pânico, ela se sente apenas preocupada, mas não sabe ao certo com o que, somente quando os ataques começam a ser mais recorrentes é que ela percebe que algo não vai bem. E para ajudar uma pessoa com este transtorno, oriente para que ela procure ajuda médica e psicológica, pois este tipo de indivíduo precisa de uma ajuda especializada”.
Depoimento
“No meu caso os primeiros sintomas, como tremores no corpo começaram aos 18, e ataque de pânico aos 27.”
Um portador do Transtorno de Pânico, que preferiu não ser identificado, conta em detalhes os sintomas da doença.
A freqüência das dos sintomas são variáveis e geralmente desencadeados por situações de stress:
Falta de ar – foi comum durante os primeiros dias antes do tratamento, mas cessou após o uso de medicamentos para ansiedade. Cerca de 10 dias.
Agorafobia – ocorreu apenas durante alguns dias antes de iniciar o tratamento e poucos dias após isso. Cerca de duas semanas apenas.
Taquicardia – O sintoma foi persistente se tornando diário por dois meses logo após acordar ou no final da tarde e após situações de stress.
Diarréia emocional – De 4 e 6 vezes. Uma vez com vômito, após stress e medicação para dormir, a diarréia durou o dia todo numa fase aguda de pânico ao início do tratamento.
Insônia – Sintoma ainda em processo, e após um ano e meio de tratamento persiste cerca de três meses. Tento refrear com medicação natural.
Ataques durante o sono – Após pesadelos acordava com sudorese e taquicardia. No inicio era esporádico, após rotina exigente se tornou comum e parou com remédio para ansiedade.
Ansiedade aguda – Geralmente acompanhada de sudorese e depressão. Apenas após situações de stress. Sintoma persistente, porém intenso quando não está sob medicamentos.
Medo de barulhos altos – 4 ou 5 vezes sem razão aparente. Mesmo sabendo não estar sob risco, som de telefone, portas batendo, por período inferior à uma hora causava tensão.
Fobia social – Desejo de isolamento e dificuldade de trabalhar em grupo. Acontecia desde os 21 anos, ou antes, difícil dizer.
Dispepsia (Gastrite Nervosa)– Um sintoma secundário, a gastrite geralmente é consequência a crises de ansiedade ou da insônia.
Depressão - Desde os 21 anos, antes dos 27 anos eram curtas, com outros sintomas se tornou constante. Não tinha desejo de morte, indisposição, sono, perda de memória e libido, era negativo em relação à doença. Refreado com medicamento (Cloridrato de Fluoxetina) tendo sumido nos últimos meses.
Ele relata ainda, que a doença foi diagnosticada por um cardiologista, que por não detectar problemas que justificasse taquicardia e falta de ar deduziu então o Transtorno de Pânico.
Realizou tratamento apenas com psiquiatra e consumo de medicamentos para depressão e ansiedade. Embora tenha buscado ajuda de psicólogo no início do tratamento não manifestou interesse em continuar. Depois de uma recaída nos sintomas buscou novamente ajuda de uma psicóloga.
Para se certificar de que realmente se trata de uma crise de pânico e necessário apresentar no mínimo quatro dos seguintes sintomas:
1 – palpitações;
2 – sudorese;
3 - tremores ou abalos;
4 - sensações de falta de ar;
5 - sensação de asfixia;
6 - dor ou desconforto torácico;
7 - náusea ou desconforto abdominal;
8 - tontura ou vertigem;
9 - sensação de não ser ela (e) mesma (o);
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer";
11 - medo de morrer;
12 – formigamentos; e
13 - calafrios ou ondas de calor.
Fonte: http://www.sindromes.org/sindromedopanico/index. php
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