Pontualmente às 14 horas, uma tarde de muito calor. O ônibus chega, empurra-empurra, corre-corre, desce gente apressada, e gente mais apressada ainda quer subir, a afobação é para conseguir um assento no coletivo, que já irá partir novamente.
Todos entram, os que tiveram sorte sentaram. E bem ali a minha frente, bem paciente, um jovem esguio, baixinho toma o assento. E ao seu lado de forma despercebida sobra ainda uma vaga.
E a jardineira parte para sua rotina “de pega gente e deixa gente”. Logo, apressado para que ninguém lhe tome o lugar, vem apressado um rapaz, de cerca de 1,90 metros , corpo avantajado, e senta ao lado do jovem esguio e baixinho, que se afasta ligeiramente para o lado, quase espremido entre a janela e seu novo colega de viagem.
O silêncio impera, e apenas efêmeros olhares entre os dois passageiros. Ao passo de que quando um olhava o outro desviava o olhar e vice versa. Decorrido uns cinco minutos de viagem o rapaz grandão quebra o silêncio com uma pergunta: Tudo bem aí?
E eu, ali de camarote, ao cabo da indagação, naquele momento fatídico não me contive. Precisei elegantemente rir da cena que acabara de presenciar. (Baseado em fatos reais)

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