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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Hipertensão

“o estresse é um fator importante para o desenvolvimento da pressão alta, mas ele não é o único fator, o fator sozinho mais importante é o peso”

A força que o sangue exerce dentro das artérias é chamada de pressão arterial, e quando essa pressão está muito alta é conhecida como hipertensão.
Pressão arterial considerada normal é quando a pressão sistólica (maior) não ultrapassar a 130 e a diastólica (menor) for inferior a 85. A hipertensão arterial pode ser sistólica, que é a maior alta ou a diastólica, que é a menor alta, porém, a maioria dos indivíduos que tem a doença, tem a pressão diastólica e a sistólica alta. Pessoas com mais de 18 anos, e pressão acima de 140x90 – essas já são hipertensas. Cerca de 20 por cento da população mundial tem pressão alta.
Muitos derrames ou A.V.C. (Acidente Vascular Cerebral), são provocados pela pressão alta, já que a maioria dos pacientes não apresenta sintomas. Alguns desses sintomas que o paciente pode vir a sentir são: dores de cabeça, zumbido, cefaleia  dores no peito e até palpitações, mas a maioria da população normal também tem dores de cabeça, logo, a dor de cabeça não é um sinal especifico. Mas dentre aqueles que têm sintomas, e o médico trata com remédios, os mesmos tendem a desaparecer, se forem ocasionados pela pressão alta.
Quanto aos cuidados que devem ser tomados para evitar esse mal, o médico cardiologista, Dr. Amaury Cezar Jorge destaca, “são fatores culturais, o mais relevante na hipertensão é o peso, mais do que o sal, mais do que o cigarro. Todos esses fatores estão ligados à pressão alta, mas o peso, o aumento de peso corporal é o principal cuidado que se deve ter”. Ao usar um remédio para controle da hipertensão, se o paciente perder peso, ele estará potencializando o efeito desse remédio, e se ele ganhar peso o remédio poderá não apresentar o resultado esperado.
Então, hoje o fundamental além dos exercícios físicos, não ganhar peso e cuidar do sal, está a mudança de hábitos.
Outra questão é o fator genético, se na família houver pessoas com histórico de hipertensão, a probabilidade de ocorrência da doença é maior. Existem vários genes que estão relacionados à pressão alta, por exemplo, existe um gene ligado à obesidade, logo, se houver aumento de peso esse gene é ativado causando hipertensão, fatores ambientais também acionam esses genes, ou seja, não é um único gene, são vários que ao serem ativados provocam o aumento da pressão, até 60 por cento dos doentes podem ter caráter genético, raríssimas as doenças monogênicas, aquelas ligadas a um gene especifico, que ao serem acionadas geram pressão alta.
O estresse causado pela vida agitada que a maioria das pessoas vive hoje, é outro fator importante, pois com o estresse é liberada uma substância chamada adrenalina  o que também desencadeia essa elevação da pressão na corrente sanguínea, Dr. Amaury volta a salientar, “o estresse é um fator importante para o desenvolvimento da pressão alta, mas ele não é o único fator, o fator sozinho mais importante é o peso”.
Hoje, o mercado dispõe de diferentes apresentações de sal, como por exemplo o sal líquido, e a esse respeito o Dr. Amaury afirma que, para a hipertensão arterial esses diversos tipos de sal são todos iguais, “tudo é sal, não têm melhor ou pior”, o que se deve fazer é diminuir a quantidade, a cerca de quatro a seis gramas em uma dieta diária dessa pessoa.
Então, a ideia hoje, é restringir o sal e não abolir totalmente, por que além de não trazer benefícios, é quase impossível. “Nós pedimos então, que as pessoas evitem complementar o sal nos alimentos”, lembra o cardiologista.
Se as pessoas tivessem o hábito de conferir a quantidade de sal nos produtos industrializados, especialmente os embutidos, seria possível perceber a quantidade existente. “O sal já foi o maior vilão, hoje já não é muito, não que não seja importante”, comenta.
Para um paciente que sofre hipertensão, o tratamento é realizado por meio de medicamentos para o controle, já que não existe a cura da doença. Se este paciente fizer o uso correto desses remédios ele terá uma vida normal, porém se a pessoa tem pressão alta e não faz controle, a ocorrência de infartos ou derrames é maior. Então, ao ser diagnosticado como hipertenso, os cuidados devem ser contínuos, ou seja, tomar a medicação e realizar com freqüência a aferição dessa pressão, lembrando que o melhor a fazer é procurar o médico para que seja feita uma aferição correta.
E com um número cada vez maior de pessoas com a doença, uma grande aliada é a educação, a população precisa aderir aos hábitos saudáveis de vida, ter conscientização dos riscos que a pressão alta causa mais informação sobre a doença, objetivo que pode ser alcançado por meio de campanhas. O básico para diminuir os registros de hipertensão é a educação, “a pressão alta depende muito mais da educação do paciente, do cuidado dele com ele mesmo, do que o médico, o médico irá receitar o remédio, mas e a educação?”, finaliza o Dr. Amaury Cezar Jorge.

Um comentário:

  1. Olá blogueiro!
    O número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download.
    Caso se interesse, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br
    Obrigado!
    Ministério da Saúde

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